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terça-feira, 19 de maio de 2009

Ensaio Sobre a Luxúria




- Não sei se o que eu vou dizer agora realmente interessa á alguém, muito menos se terá alguma utilidade social ou filosófica.
Minha vida nunca foi muito bem resolvida, talvez até por nem eu mesmo saber quem sou ou quem um dia fui, e pra onde quero ir.
Sei apenas de uma coisa! Amo muito quem sou, e o que consegui até aqui.
Destruí corações; homens, mulheres, homens e mulheres...
Pessoas passaram por minha vida e por minha cama, hoje tenho apenas 24 anos (sugestivo), mas posso dizer e ensinar muitas coisas que pessoas de 80 não poderiam nem sonhar que um dia existiu.
O fato de ser jovem, me trás vantagens sobre homens mais velhos, já que ainda tenho tudo no lugar e meu corpo duro.
Sempre pude escolher e por poucas vezes me deixei ser escolhido, não por arrogância, mas é que para jogar com a sedução precisa-se de um certo tipo de “pudor”, e sempre tive entrelinhas esse “tato” para saber a hora de cada coisa, cada palavra e cada atitude.
Sou um atror, me transformo em quem você quiser. Mas não gosto desse jogo.

Ser eu mesmo me dá tanto trabalho, quanto teria para criar uma personagem.

Não me lembro bem como cheguei até aqui, venho de uma família abastada; tento me lembrar o que me levou a fazer o que eu faço, remexendo em minha memória lembro-me da minha primeira vez devia ter sei lá, uns 16 para 17 anos, havia começado a beber fazia pouco tempo e a sensação de leveza que o álcool me proporcionava me deixava completamente excitado, (hoje aprendi que o álcool é um inimigo ferrenho da racionalidade e do dinheiro), - Pra mim, desde novo, sempre achei que sexo era sexo, amor era amor e gozar era gozar.
E digo..........já tive as três sensações.
Qual foi a melhor?
Todas tiveram sua gama de prazer.
Mas sem ser piegas e parecer patético.
Não há nada melhor do que gozar, e fazer sexo, com quem se ama. (ainda existe um pouco de romantismo em mim.)

Sobre desejo, sedução e luxúria tenho ciência de que grande parte do mundo, principalmente os alienados religiosamente não estão prontos para verdades, como as minhas.

As pessoas sorriem quando vêem namorados de mãos dadas no parque, mas torcem o nariz quando descobrem que este mesmo casal se entrega ao prazer atrás das moitas.

E o que mais irritam a maturidade, é que esse desejo pertence à juventude.

Desde os primórdios essa sociedade patriarcal fez com que as pessoas acreditassem e atribuíssem à mulher uma condição demoníaca, inferior, já que segundo seu livro sagrado foi a mulher culpada por se deixar seduzir pela cobra e tentar Adão a comer o fruto proibido, desde então, tornado a imagem da mulher aliada fiel do desejo, com estórias de flores envenenadas, as bacantes da decadência, os cantos tórridos das sereias, os conhecedores da bestialidade, as delícias traiçoeiras, Leda, Circe e as carícias geladas da esfinge, o ouro e as prostitutas virgens da babilônia; Judite, Salomé, lilith; as bruxas sedutoras da Disney, Dalila.

Como dizem: as mulheres precisam de sedução e os homens de um lugar para transarem.

Os homens se interessam por corpos jovens e atraentes, que apresentem sinal de vitalidade e pelo menos vinte dentes na boca, já as mulheres por sua vez precisam se assegurar do apoio durante sua gravidez e a criação das crianças, elas se interessa por homens mais velhos, bem sucedidos que possam lhes oferecer recursos necessários para sua estabilidade financeira.

Isto está certo?
Infelizmente esteve durante anos, a mulher foi desvalorizada pela mediocridade da sociedade patriarcal e também por muitas mulheres machistas, mas hoje em dia as mulheres avançam com destreza e futuramente serão elas, as que decidirão o que escolher.
Um homem mais velho não quer uma mulher velha. Já uma mulher velha não consegue um homem mais novo a não ser que tenha dinheiro suficiente para sustentar o peralta.


A única coisa que acho importante em nós homens é que por mais infames que fomos todos esses séculos, tenho que admitir que o sêmen é o que mais tmos de importante, pra mim não tomar o gozo de um homem é um insulto imenso, é aquele liquido que gera vida, é vida que irá descer pela sua garganta, é vida que estará dentro de você, e exijo também que tomem e provem um pouco da vida que posso oferecer.

Não quero parecer feminista, longe de mim, somente defendo, “o sermos iguais”, e ser igual consiste em ter os mesmos direitos, como o do prazer, o do dever e o do amar.

Afinal a primeira mulher criada por Deus, foi Lilith, a responsável por todo o encanto que enxergo na luxúria.

Apesar de que não acredito no amor. Respeito que cultue isso.

Pra mim amor é algo que foge do que nós humanos somos capazes de viver.
E não queremos vivê-lo.

Como já dizia Pitágoras: “- A melhor época para um homem se entregar ao amor, é quando ele quer se enfraquecer”.
Na verdade o sentimento de paixão é mais fixo, você está envolvido e curioso para conhecer a fundo um outro alguém e ponto.
Mas o que poucos sabem é que por de trás da paixão se esconde um sentimento muito aliado. Eu não gosto de me estruturar, gosto de quebrar estruturas de quem gosta de se manter racional.

Quando me vêem as pessoas me acham furtivo, se envergonham, se constrangem, eu busco minha própria gratificação, sou impaciente, tempestivo diante de qualquer controle, imune a qualquer razão, não gosto de florescer conversas a luz de velas e climas românticos já que sou igualmente feliz em vãos escuros e em táxis.

Minhas conversas são feitas de grunhidos e gritos de animais, não sou de uma pessoa individual, eu NÃO pego o que aparece, gosto de olhares profundos ou fixos, invento falácias, gosto do gostinho de trapacear, de seduzir, avalio as possibilidades, não quero crescer sentimentos com galanteios, tempo, confiança e blábláblá, prefiro uma trilha de roupas no corredor.

Não quero me perdurar a ninguém, quero me saturar.

Não gosto de amar, porque pra mim o amor corrói, tira a liberdade, venda os olhos.
Quando uma pessoa se apaixona se faz de tudo pelo outro, mas depois que este sentimento se torna amor, tudo vira de cabeça pra baixo, alguns largam amizades, deixam suas vidas e depois de anos empurrão o relacionamento ou o casamento com a barriga, muitas vezes são os filhos que seguram para que o casal não se separe, o tesão se esvai, acontece às traições, e tudo vira de pernas para o ar.

Concordo com Kant quando ele diz que “o casamento é como um contrato para que cada um dos parceiros use os genitais do outro”

Para quê assinar contratos se posso quebrá-los.

Como minha mãe dizia: - tudo na vida tem um fim! Tudo é um ciclo e todo ciclo um dia, pela lei do destino é obrigado a se fechar.

Já amei ALGUMAS vezes, no começo a sensação da paixão é deliciosa, dos joguinhos de será que eu ligo? E dos carinhos e da carência suprida, mas depois a gente começa perder nossa individualidade, tudo o que fazíamos sozinhos começa a ficar chato sem o outro, daí se cria uma dependência quase inconsciente, e se o outro exige que para ele estar perto de você tenha que se abdicar de coisas que você fazia sozinho ou quando estava solteiro, você acaba se abdicando e é onde o castelo de cartas cai totalmente.

Quando se perde a individualidade se perde o outro e pior, você se perde de você mesmo, porque você não é mais você, e nem o outro é o outro, passam a ser uma pessoa só.
E isso não significa que são almas gêmeas, mas sim, que sua personalidade se perdeu, a dele também e vocês não são ninguém, nada mais são que apenas duas pessoas dependentes de amor.

O amor termina, brigas, traições, falta de desejo, é onde entra o desespero! Porquê nem você sabe mais quem é você?
Você não sabe do que você gosta, você não sabe dos seus ex-amigos e muito menos ficar sozinho.


O amor é uma DROGA! Quando se tem muito, se acostuma tanto que não consegue viver sem, daí, quando perde, o tempo de abstinência que se passa para esquecer o outro é o tempo do sofrimento, da amargura, o tempo de não se saber nem quem se é, e se você não tem o outro, você não tem ninguém.

Talvez seja a pior dependência que possa ter ou que já tenha existido.

Não sou anti-romântico ou politicamente incorreto, sou simplesmente um ser individual, sou carinhoso e romântico, mas pra mim a vida não passa de momentos, e se são momentos que procuro proporcionar para o outro e que estes sejam os melhores que eu possa dar para alguém.

Não duvido que nunca irei me apaixonar loucamente de novo, e podem estar pensando também que me tornei frio somente porque sou uma frustrado em relação a amor, talvez estejam certos, mas como teria essa visão se nunca tivesse amado?

- Somente acho que quando se está dependente de qualquer droga, você esquece de viver coisas que viveria se não dependesse dela.

Para muitos que nunca aproveitaram a vida, ela é longa de mais, para os que aproveitam de verdade, ela é completamente curta, por isso sei que amanhã também será.

Não vivo o passado e nem o futuro, vivo o presente! Talvez seja por isso que o presente se chama presente! Por ser uma dádiva e para que possa pensar no passado com orgulho de si mesmo, já que se Deus existe, criou duas coisas muito certas, o prazer e o livre-arbítrio.

- Talvez seja dependente de um tipo de droga, a droga do prazer, não consigo me imaginar sem um pau gostoso para chupar, uma buceta molhada para observar ou um cuzinho apertado para comer, não consigo me imaginar sem o prazer do gozo, o prazer de ver alguém sentir prazer comigo, o prazer de escutar pessoas me dizendo que fulano de tal disse que eu fui a melhor trepada dele, talvez não viva sem isso!

- Não me preocupo com o que pensam de mim, como disse desde o início, e muito menos se vão ou não aprender alguma coisa, mas ficaria satisfeito se consegui despertar em cada um de vocês um pouco de desejo, talvez curiosidade, ou simplesmente vontade de conhecer o que o prazer pode lhes oferecer.

- Saía de casa, vista sua melhor roupa, vá para um barzinho bem freqüentado ou talvez uma boate, jogue com seu charme, flerte, conheça pessoas, não fique preso com conceitos que a sociedade estipulou ser certos, a vida toda, não pense se é homem ou mulher, pense somente em quem lhe interessa, e vá a luta, garanto que quem quer que seja terá muito para lhe ensinar e aprender com você, na vida tudo é uma troca. Troque!

- Eu faço uma faculdade boa, tenho uma condição financeira ainda melhor, boa o suficiente para me sustentar com os meus vícios, álcool e minhas baladas, tenho a vida perfeita, não pensem que não penso no futuro, é claro que penso, mas em primeiro lugar penso em mim.
Penso nas minhas confusões, e penso na minha vida.


Quanto a mim, penso que estou aqui na terra fazendo uma viajem num parque, parando aqui e ali para viver uma experiência interessante. Mas lembre-se um parque não é um paraíso.
Ervas daninhas e venenosas crescem, serpentes repousam a espreita, pessoas constroem seus barracos em algum lugar perto dali, plantas rasteiras se tornam armadilhas fatais e eu passeio por ali esperando você chegar.
Mas você não tem que habitá-lo, pode apenas vir se divertir.
E garanto: - Se for cuidadoso se protegendo como deve, sairá dali sem nenhum arranhão,

Viva o prazer! Morra jovem!

[Ps: Este é um texto fictício, escrito por uma personagem fictícia, qualquer semelhança com a minha pessoa, é extrema conicidência]. Ou não.

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